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Irmão Francisco, preciso desabafar...


Frei Douglas Leandro contempla a imagem de São Francisco

Irmão Francisco, preciso desabafar...

irmão Francisco, saiba que nesse mundo contemporâneo muito se fala sobre Paz e pouco ou quase nada se pratica ou vive em Paz. Pluralidade, para os alienados, tornou-se uma palavra de quem é herege. Veja só, herege. Preferem o individualismo e o condicionamento. Irmão Francisco, pense numa sociedade excludente e alienadora. Pois pronto, esse é o contexto atual, talvez não muito diferente de sua época. Diálogo? Estamos longe de chegar a um diálogo. Escuta só: Se quer usar o cabelo diferente, te odeiam. Se quer usar uma roupa fora daquilo que chamam de moda, te odeiam de novo. Se você não é a favor da reforma da previdência, te agridem. Se você não é a favor de uma justiça parcial, te agridem de novo. É a favor de programas sociais?Irão te chamar de vagabundo. Está ao lado dos excluídos? Te chamarão de desocupado. Se dá pão a quem tem fome, te chamam de falso crente. Se respeita a fé e a religião de outrem, te chamam de católico jujuba. Olha só: Jujuba?. Isso sim é falta do que fazer: ficar inventando rótulos para aqueles que não vivem a fé do mesmo jeito que você. Esdrúxulos. Quer ouvir mais? Chega né? Sei que isso cansa. Saiba irmão que há aqueles que esperneiam, agridem verbal e corporalmente, vomitam palavras de guerra pelo simples fato de se deparar com alguém que pensa de forma diferente. Irmão Francisco, levar o amor continua sendo muito difícil. Não que você tenha dito que fosse fácil, mas depois de 800 anos de seu testemunho de amor pela criação, inspirados no Homem de Nazaré, pensei que seria pelo menos mais aceitável dialogar sobre a fraternidade. Não querem diálogo, querem violência. E sei que você entende, afinal, você optou por dialogar com os irmãos Islâmicos, plantou amor ao invés de ódio e sei que houve quem te chamou de herege. Você escolheu amar e disse não a Barbárie. Ah Francisco, me ensina a ser instrumento de Paz na simplicidade e humildade. Não quero sucumbir com as palavras de quem só pensa em si mesmo. Me ensina a suportar a violência dos gananciosos, não calado, mas contribuindo para a construção de um mundo de justiça e paz. Me ensina a pobreza de espírito para dar conta de ouvir essas bobagens de gente condicionada e insana e não ser afetado por elas. E peça a irmã Clara para interceder por mim no cultivo da Paz e do Bem tão necessários nesses tempos onde o ódio, a vingança e a calúnia estão tomando conta da sociedade. Ah irmão Francisco, só quero permanecer fiel as tuas pegadas profundas. Amo você.


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